Em janeiro, o gelo marinho do Ártico cobriu 13,38 milhões de quilômetros quadrados, a menor extensão de janeiro nos 38 anos desde que cientistas começaram a analisar a região.
Esse tipo de notícia recorrente sobre o Ártico tem levado a uma preocupação elevada ao nível de quase desespero por parte da comunidade científica. E não é pra menos. A vida na região pode ser interrompida muito em breve com a perda da cobertura de gelo no verão, colocando diversas espécies em perigo, aumentando ainda mais o aquecimento global e modificando os padrões climáticos do hemisfério norte.
Feita esta introdução é possível compreender algumas ideias um tanto quanto originais e onerosas que vêm surgindo por parte dos cientistas. A última delas é do pesquisador Steve Desch, da Universidade Estadual do Arizona. Desch e seus colegas desejam repor o gelo marinho por meio da construção de 10 milhões de bombas eólicas sobre a calota polar do Ártico. No inverno, esses equipamentos seriam utilizados para bombear água para a superfície de gelo, onde iria congelar, engrossando a calota. As bombas poderiam acrescentar cerca de um metro extra de gelo marinho à atual camada.
O projeto, que acabou de ser publicado na Earth’s Future custaria algo em torno de US$ 500 bilhões! Desch defende a quantia argumentando que a única estratégia no momento para deter o aquecimento do Ártico é pedir à população que pare de queimar combustíveis fósseis e isso parece insuficiente para deter o aquecimento que está acontecendo duas vezes mais rápido do que os modelos climáticos previam há poucos anos.
Desch não está sozinho ao propor projetos desse nível para a região. Outras iniciativas incluem um para branquear artificialmente o Ártico espalhando partículas de aerossol sobre a calota para refletir a radiação solar de volta para o espaço e ainda outra que prevê pulverizar a água do mar na Atmosfera acima da região para criar nuvens que também refletiriam a luz solar para longe da superfície.
É uma situação realmente preocupante. O Instituto Ecologica trabalha para contribuir com a redução da emissão de gases de efeito estufa. Conheça nossos projetos.
*Com informações do The Guardian