COP 23: conclusão sem muitas conclusões - Instituto Ecológica

COP 23: conclusão sem muitas conclusões

O Instituto Ecológica esteve na COP 23 com a presença do nosso vice-presidente Divaldo Rezende. Rezende acompanhou de perto a atuação do Brasil e do Tocantins na Conferência.

Um evento de destaque dentro da COP 23 foi a Amazon Bonn, organizado pelo governo alemão, inglês e por instituições como o IPAM, que reuniu todos os atores com iniciativas e discutiu positivamente mecanismos de mercado que podem ajudar na conservação dos diferentes estados da Amazônia.

Na conclusão do evento, seus 200 membros aprovaram um documento que começa a definir as regras do Acordo de Paris. E também o chamado Diálogo de Talanos, pelo qual os países deverão prestar contas na próxima conferência de como vão implementar e aumentar os compromissos assumidos para a redução das emissões de gases a fim de atender ao mesmo Acordo.

Os países em desenvolvimento também conseguiram que o Fundo de Adaptação do Protocolo de Kyoto seja mantido no Acordo de Paris, o que significa em valores atuais, cerca de US$ 350 milhões.

Durante toda a COP 23 pairou, claro, o assunto da saída dos EUA do Acordo de Paris, que na verdade só se materializará em 2020. Com a adesão da Síria ao Acordo, os Estados Unidos agora são o único país fora do pacto.

A COP 23 também anunciou um Plano de Ação de Gênero em matéria climática e uma plataforma que permitirá à comunidade indígena global ter voz nas negociações.

No entanto, resoluções foram mínimas, diante de um planeta que agoniza com as mudanças climáticas. 

Por fim, um destaque importante anunciado pelo Ministro do Meio Ambiente, José Sarney, é que o Brasil se propôs a sediar a COP 25 em 2019. A ironia é que o anúncio foi feito bem no dia em que o Brasil ganhou o prêmio Fóssil do Dia, pelos subsídios a combustíveis fósseis.