A vida marítima como conhecemos talvez nem chegue a ver a virada do século.
De acordo com o programa da ONU para o Meio-Ambiente, se nenhuma mudança significativa ocorrer, até 2100 mais da metade das espécies marinhas podem acabar extintas.
A agência alerta que a sobreexploração comercial é tão impactante que 90% dos recursos da pesca já se esgotaram ou simplesmente entraram em colapso.
O setor pesqueiro também se demonstra proficiente no desperdício, pois aparentemente 1 em cada três peixes pescados não chegam a se tornar alimentos. São 10 milhões de toneladas desperdiçadas todo ano.
Não pode se esquecer do plástico também. Atualmente estima-se que cerca de 5 a 12 milhões de toneladas métricas acabam se encontrando no oceano todo ano.
Como se isso não bastasse, o escoamento agrícola e o esgoto estão sobrecarregando os ecossistemas marítimos com gases nocivos como o nitrogênio. Isso acaba gerando enormes áreas feitas de plâncton, criando zonas mortas com baixo oxigênio.
A maioria da vida marítima não consegue sobreviver nessas zonas. Daí o nome.
A agência aponta também que o oceano atualmente absorve cerca de 1/3 das emissões de carbono geradas pelo ser humano anualmente.
E por fim existe o fenômeno da acidificação, o CO2 dissolvido na água se torna ácido e corrói a vida marítima, além de reduzir a respiração e alimentação dos animais.
20% dos ecossistemas já foram perdidos e outros 20% correm perigo.