Depois do setor aéreo ter se movimentado para controlar as emissões de gases de efeito estufa do setor com o Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation, o CORSIA, chegou a vez do setor marítimo declarar o seu esforço.
A Organização Marítima Internacional anunciou na última semana, após intensas negociações entre 170 países, o compromisso do setor de reduzir em pelo menos 50% a emissão de GEEs até 2050, em relação aos níveis de 2008.
Os dois setores citados acima ficaram de fora do Acordo de Paris, mas sem a colaboração de ambos, seria impossível um impacto sustentável. Para se ter uma ideia, apenas a navegação é responsável por 2% das emissões globais e se fosse um país seria o sexto maior emissor.
Durante os debates no evento que definiu as metas, a União Europeia e países-ilha do Pacífico defenderam uma meta ainda mais ambiciosa, de 70% a 100% até 2050. No entanto, Brasil, Argentina, EUA, Arábia Saudita, entre outros, queriam uma redução de 40% até 2030 e 50% até 2050 por carga útil transportada, argumentando que se não fosse assim, países em desenvolvimento e localizados longe de seus mercador teriam impacto negativo no preço do frete marítimo.
Em plenária, chegou-se ao consenso dos 50% até 2050, apenas um primeiro passo, mas um primeiro passo bem possível para todos.