Não é de hoje que crise climática está afetando os corais que povoam o fundo dos mares. A novidade é que Amana Garrido, doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza um estudo em Arraial do Cabo-RJ e Búzios-RJ, para descobrir mecanismos que possam contribuir para eles se recuperarem do branqueamento que pode levá-los à morte. A pesquisa está sendo apoiada pela primeira edição do Programa Bolsas FUNBIO | Conservando o Futuro, parceria com o Instituto Humanize.
A espécie mais afetada, de acordo com dados da pesquisa, foi a coral-de-fogo (Millepora alcicornis), que alcançou mortalidade de 90%. Até então acreditava-se que esse tipo era dos mais protegidos por se beneficiar das águas turvas, que minimizam a radiação solar.
“O aquecimento global está diretamente ligado ao branqueamento de corais. A gente tem algumas previsões de aumento de temperatura de acordo com as diferentes taxas de emissão de CO2 daqui para frente. Os cenários variam de aumentos a partir de 2°C na temperatura média mundial em relação ao período pré-industrial. Tudo dependerá de como vamos lidar com o problema. Se as emissões não diminuírem, chegaremos ao pior cenário”, afirma Amana.