É um verdadeiro paradoxo falar de geração de energia no Norte do Brasil. Enquanto a região abriga diversas hidrelétricas que produzem energia para as grandes cidades brasileiras, localizadas a milhares de quilômetros de distância, as pequenas vilas e vilarejos da Amazônia são abastecidas com energia proveniente de geradores movidos a diesel, que permitem o funcionamento de TVs, geladeiras, luzes e outros equipamentos.
As usinas movidas a diesel que alimentam os sete estados que compõem a região amazônica, emitem anualmente cerca de 6 milhões de toneladas de CO2, o dobro das emissões produzidas por veículos em São Paulo.
Com o propósito de cumprir as metas do Acordo de Paris, o Brasil finalmente começa enfrentar o problema. O governo abriu licitação para um programa de energia limpa, que deve substituir a energia gerada por 255 usinas de combustíveis fósseis em 55 cidades brasileiras por fontes limpas. O leilão será realizado em maio e já conta com 54 propostas.
Os vencedores da licitação, receberão empréstimos do BNDES, que finalmente parou de financiar usinas a carvão e a óleo, para investir em energias renováveis.
Ambientalistas e indústrias da região comemoraram. O investimento em fontes renováveis deve diminuir o preço da eletricidade na região e, claro, contribuir muito com o meio-ambiente, reduzindo as emissões de fumaça e fuligem dos combustíveis fósseis e a de gases de efeito estufa.
Nossa contribuição
O Instituto Ecológica tem histórico nesse tipo de projeto. De 2004 a 2007, atuamos na implementação do fornecimento de energia limpa para o Centro de Pesquisas Canguçu, no Tocantins, abrangendo os biomas do Cerrado e da Amazônia. Com painéis solares, sistema de armazenamento de hidrogênio e um sistema de energia de célula combustível, participamos com êxito deste programa para substituir usinas termoelétricas pelos sistemas baseados em tecnologias limpas. Saiba mais.