Os projetos de carbono são financiados por indivíduos e empresas do outro lado do mundo que compram os assim chamados créditos de carbono, cada um equivalente a uma tonelada de CO2, para compensar as emissões de em seus países de origem.
Essa é apenas uma das maneiras como o CO2 é comercializado em todo o mundo, e um dos modelos de mercado de carbono que será discutido pelos negociadores na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas (COP 25), em Madri. O objetivo é chegar a um quadro regulatório para um sistema de mercado de carbono, uma questão complexa prevista no Artigo 6º do Acordo de Paris sobre o Clima.
Quase 200 países ratificaram o histórico acordo sobre o clima que visa limitar o aquecimento global a 2ºC acima dos níveis pré-industriais até o final do século 21, sendo o nível ideal 1,5ºC. Entretanto, as metas atuais de redução estabelecidas por cada país – chamadas de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) – fazem com que ambos objetivos sejam considerados irreais. Com base nos números atuais, especialistas projetam um aumento da temperatura global de ao menos 3ºC.
Em Madri, serão discutidos dois sistemas diferentes de comercialização de carbono. O primeiro visa permitir aos países que excederem suas metas climáticas vender os excessos para as nações que enfrentam dificuldades em atingir seus próprios objetivos.