O Instituto Ecológica iniciou o plantio de mudas no Projeto Olhos D’Água, tida como a etapa mais importante do processo que irá recuperar 200 nascentes degradadas do Tocantins nos próximos anos, em parceria com a SEMARH-TO.
O Projeto já passou pelas fases de identificação, cultivo do viveiro de mudas, mapeamento, implantação das nascentes piloto e agora inicia o cercamento da área, o efetivo plantio das mudas, o combate às pragas e a implantação de aceiro para a prevenção de incêndios.
“A meta agora é recuperar 50 nascentes da Bacia do Taquarussu e 50 nascentes na Bacia do Rio Lontra. Cada uma delas será cercada em um raio de 50 metros e dependendo do estágio de degradação, receberá o plantio de 200 a 500 mudas, aproximadamente, explicou o coordenador técnico do Instituto Ecológica, Marcelo Haddad.
Desafios do Projeto Olhos D’Água
Perguntado sobre o nível de degradação das nascentes encontrado pela equipe técnica do Projeto Olhos D’Água, Haddad também explicou que a degradação das nascentes depende muito da localidade e que nessas bacias ela ocorre principalmente por conta de dois motivos.
“Em linhas gerais, na Bacia do Rio Lontra as nascentes estão mais degradadas, e o principal fator de degradação tem sido a abertura de área para pastagens e criação de gado. Por isso, o cercamento, o aceiro e o plantio, juntamente com o potencial de regeneração natural da vegetação, vão ajudar a recuperar as nascentes. Já em Taquarussu, o principal fator de degradação é o fogo, as nascentes estão muito suscetíveis aos incêndios. Algumas também sofrem com o acesso de animais domésticos, que pisoteiam as nascentes e margens de córregos, causando erosão e assoreamento”, comentou.
Com o Projeto Olhos D’Água as nascentes serão protegidas desses fatores externos, garantindo a sobrevivência das fontes de água e sua qualidade para atender à biodiversidade local e garantir o abastecimento da população nos próximos anos