18/03/2019
Seu governo está escondendo coisas de você. Pelo menos se você mora em São Paulo, Brasil.
A estimativa atual é de que 17 mil pessoas morrem por ano no estado de São Paulo devido à poluição aérea. Esse cálculo, realizado por uma equipe de pesquisa da USP, estimou também que se nada for feito para resolver o problema, até 2030, 250 mil pessoas vão morrer na metrópole.
SP possui a legislação ambiental mais avançada do país quando se trata de poluição atmosférica. Mas, está bem longe de ser um modelo internacional. O sistema da Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o limite aceitável de ozônio na atmosfera seja de 100 microgramas por mililitro dentro um intervalo de 8 horas.
O limite de São Paulo é de 140 microgramas.
Isso ocorre, pois a regulamentação e análise da qualidade do ar do estado é feita pela Cetesb. A entidade possui padrões de poluição bem mais frouxos que a da OMS.
Em uma analogia mais simples, de acordo com a Cetesb o alarme de poluição da atmosfera soou 36 vezes em 2015. Se a metrópole seguisse os padrões da OMS, teriam sido mais de 1000 alertas no ano.
O principal poluente da cidade provém dos automóveis. Estes causam 73% das emissões de gases de efeito estufa de São Paulo.
Leia a matéria original: https://theintercept.com/2019/03/07/ar-sao-paulo/