Os cientistas da NASA estão ajudando a Califórnia a criar um inventário detalhado em todo o estado das fontes pontuais de metano – liberações altamente concentradas de metano de fontes únicas – usando um sensor aéreo especializado. Os novos dados, publicados esta semana na revista Nature, podem ser usados para direcionar ações para reduzir as emissões desse potente gás de efeito estufa.
Como o dióxido de carbono, o metano retém o calor na atmosfera, mas o faz de maneira mais eficiente e por um período mais curto. Os cientistas estimam que a maioria das emissões de metano na Califórnia são impulsionadas por instalações industriais, como campos de petróleo e gás, grandes laticínios e aterros sanitários. Para ajudar a reduzir o impacto do metano no clima, o estado está priorizando cortar as emissões causadas por seres humanos. Mas, para reduzir essas emissões difíceis de detectar, elas precisam ser medidas e as fontes identificadas.
A equipe da NASA usou um avião equipado com o instrumento Espectrômetro de imagem por infravermelho visível no ar – Next Generation (AVIRIS-NG) em mais de 300.000 instalações e componentes de infraestrutura nesses setores. O instrumento pode detectar plumas de metano em grandes detalhes. Cada pixel cobre uma área de cerca de 3 metros, o que permite aos cientistas ver até pequenas plumas que geralmente não são detectadas. A equipe identificou mais de 550 fontes pontuais individuais emitindo plumas de metano altamente concentrado. Dez por cento dessas fontes, consideradas super emissoras, contribuíram com a maioria das emissões detectadas. A equipe estima que os super emissores em todo o estado sejam responsáveis por cerca de um terço do orçamento total de metano da Califórnia.
Fonte: https://climate.nasa.gov/news/2930/a-third-of-california-methane-traced-to-a-few-super-emitters/